terça-feira, 2 de setembro de 2008

TEM "PERERECA" NA TUMBA!

Para quem já trabalhou em transmissões esportivas sabe muito bem do que estou falando. Para os leigos, trata-se do maior circo humano sendo montado a cada jornada realizada com direito a verdadeiras e hilárias passagens dignas de registros em livro, operadores completamente embriagados e cambaleantes trocando fios e derrubando as outras rádios em pleno curso da transmissão esportiva,e com um vocabulário chinfrim, indo tudo para o ar na maior cara de pau já vista, ou melhor, acompanhada por admiradores adeptos deste meio tradicional de comunicação de massa. As mancadas são tantas que nos reservamos o direito de escolha, entre elas apontamos uma transmissão de uma partida de futebol entre grêmio e esportivo da cidade de Bento Gonçalves, tendo a mesma sendo decidida na porrada, foi uma verdadeira batalha campal, o pau comeu solto e os repórteres no mais alto e bom tom descreviam o que estava se sucedendo no gramado,no meio da pancadaria, do nada surge uma voz de comando pela linha de serviço (linha de serviço é um retorno que só a equipe escuta no fone, sem ir para o ar) era a gerente da emissora ordenando que os rapazes da reportagem não descrevessem mais a briga e sim falassem de outra coisa, menos daquela bagaça, claro que não atendida pela cachorrada da reportagem, transformando aquele doido retorno em um verdadeiro martírio, alem de toda aquela zorra, os brilhantes meninos escutavam aos berros palavras de ordem da destemida diretora, como ameaças de serem demitidos por justa causa. De saco cheio o técnico de externas conectou a linha de serviço na mesa e colocou no ar, para que todos ouvissem, com direito a baixaria de todos tipos incluindo o chilique da já possuída gerente da emissora, a estas alturas já sem voz de tanto gritar para tirarem a jornada do ar e que todos estavam no olho da rua. Sem nenhuma reação da macacada que continuava a transmitir toda aquela confusão colocando verdadeiras perolas de declaraçãos com os mais diversos palavrões da nossa valorosa língua portuguesa, sentindo que não seria atendida e sem saber que estava sendo ouvida por todos resolveu tirar a emissora do ar via antena, ordenando o operador do transmissor desligar tudo, mas antes de o fato se suceder, o já enlouquecido técnico em Bento Gonçalves se apoderou do microfone do narrador, e com toda força de seus pulmões mandou a diretora para a “puta que a pariu” e que estava faltando para ela era um cacete bem grande, regado a muitas risadas. O final desta destemida transmissão foi resolvida em portas fechadas na sala do presidente da emissora sem a presença da enfurecida gerente que apenas escutava as gargalhadas que ecoavam de dentro do gabinete da diretoria. Voltaremos!

Nenhum comentário: