sábado, 20 de setembro de 2008

CADA UM NA SUA!

Ser um estranho no ninho em muitos casos serve de lição a todo metido a besta à não sair do seu mundinho, e muito menos sonhar em ser convidado para uma festa de ricos com direito a petiscos jamais degustados em toda trajetória mambembe de um pobretão convicto de cama e mesa. Mas mesmo sabendo desta enorme distancia entre a classe alta, e a famosa desclassificada, moribunda, e flatulenta situação denominada classe media. As diferenças são enormes e com direto a relatos muito sérios, que definirão em detalhes a vidinha de ambos. Em festa de abonados o convite é enviado pelo correio um mês antes e um pedido formal de confirmação ao evento, na festa de pobre o convidado recebe o aviso uma hora antes do comes e bebes e com uma observação: levar os talheres e uma dúzia de cerveja e um refri litro para engordar a festança já sem controle quanto ao numero de convidados. Em festa de granfino os freqüentadores são servidos de forma individual em pratos de porcelana os mais requintados quitutes sem direito a repetição, já na festança dos menos privilegiados a comilança fica exposta em uma enorme mesa com a seguinte regra todos por um e um por todos, claro quando o aviso de atacar for dado, a partir deste momento vale tudo, sacola de plástico para levar uma amostra do que foi o rango para a veia mirtes a maior fofoqueira do bairro, o chapéu do Junior o cabeção para evitar a não ficar na mão, caso não sobre nada na nova tentativa de repetir a doze.Enquanto os socialites bebem campanha em cálices de cristal legitimo em meio a uma conversa com uma musica vinda através de um piano tocado por um musico contratado. Já na baixaria da galera mediana o trago esta já no final, e a esta altura o boné do cabeção esta sendo passado para arrecadar grana para buscar mais umas vinte caixas de cerveja e umas dez garrafas de cachaça para misturar com o refri da gurizada devidamente confiscado pelos gambás já possuídos e muito a fim de dar em cima da mulherada alheia. Sem saber direito o que esta rolando de assunto devido à altura do som vindo de um três em um com vários tipos musicais entre eles a fantástica dança do “CRAU”e claro com direito a passar a mão na bunda da gostosa do 601. No auge do encontro festivo dos engomadinhos é servido o prato principal, “lagosta com molho de mostarda, regado a vinho chileno de uma safra especial”. Já na esculhambação coletiva e nada aconselhável para virgens e puritanas do pedaço a galinha com farofa e a salada de maionese fica a mercê da lei do mais forte e qualquer objeto serve para se apoderar do grude, uma pá de virar massa, o chapéu do Junior o cabeção, o carrinho de feira da dona da casa, com direito a não sobrar nada, nem os ossos da penosa enfarofada que servira para a canja de domingo à noite. Já no festivo encontro dos sociáveis endinheirados o que sobrou será doado aos pobres.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

BOLO DE CASAMENTO!

Com a reputação renovada e absolvida do episódio mocotó, a dupla dinâmica recebeu outra missão, mesmo todos já sabendo que a possibilidade de outra bela cagada com direto a tentativa de suicídio dos mandantes desta façanha. Esta vez a tarefa era simples e fácil qualquer débil mental a faria num piscar de olhos, buscar o bolo de casamento da casula da família, que para orgulho de todos estava casando sem estar grávida, sem pressa e devidamente certa de que estava fazendo. Os algozes e inseparáveis irmãos de todas as horas e corinhos da cúpula familiar partiram para o cumprimento do pedido com uma total confiança que desta vez nada daria errado. Para engano dos mais cépticos dos mortais,os muquiranas resolveram após pegar o imenso bolo dar uma passadinha no bar do Zé local de encontro dos 20 maiores gambás da região para bater um papo e saber das fofocas da redondeza, e sem ter como ajeitar aquela obra de arte, tamanha a beleza do bolo, resolveram colocar o mesmo no teto do carro partindo depois para degustação de varias cervejas misturadas com picadinhos de torresmo e muita piada de salão, sem ver o tempo passar. Já meios turbinados se aperceberam que estava ficando tarde e a entrega já estava atrasada, pagaram a conta, entraram no carro e se mandaram em alta velocidade rumo ao salão onde se daria a festança do casório, a baixo de gritos e pedidos atenção os bebuns não estavam entendendo nada do que se sucedia lã fora, foi quando uma dor forte no peito dos dois babacas veio à imagem do bolo a mente destes delinqüentes amadores, sem saber o que fazer tiveram a coragem de descer do carro e se depararem com o que restou daquilo que deveria ser o auge da festa, pois casamento sem bolo da azar assim falava tio Nestor o pai na noiva. Sem ter como resolver a bela burrada, os novos anti-heróis fugiram da cidade sem avisar ninguém e muitos menos os noivos que não viam a hora de tirar fotos ao lado do divino bolo de casamento. Passaram-se mais de 15 dias e o mistério continuava, foram acionadas todas formas de procura, incluindo um índio farejador para descobrir o que aconteceu com os dois meliantes e claro o estado do famoso bolo. Ate hoje a historia dos rapazes ainda não passou na garganta dos familiares afinal de contas não é todo dia que se é seqüestrado por um disco voador sob o comando de formigas gigantes.

MOCOTÓ!

Todo ser humano, tem como regra ser normal e transformar sua trajetória em perolas e boas passagens dignas de registros para prosperidade. Sertã vez dois amigos de papo e mesa de bar estavam fora do ninho e procurados como se fossem bandidos e perigosos meliantes, só por terem feito uma bela burrada que manchou definitivamente suas fichas de meninos bons, dignos de serem recebidos na casa de qualquer família que cumpre a risco os princípios morais da nossa sociedade fundamentalmente patriarca. Escolhidos a dedo para cuidar durante a madrugada o fogo da panela enorme de mocotó que seria devidamente devorado pela comunidade esfomeada no almoço servido para arrecadar grana para comprar uma maquina de lavar, em beneficio da creche comunitária mantida pelos moradores da região. Os babacas de plantão levaram duas garrafas de vinho tinto como companhia daquela árdua noitada, afinal ficar de butuca ligada não era tarefa para qualquer um, e, portanto todo cuidado era pouco, as horas custavam a passar e o jeito era bebericar aquele liquido nada convencional para uma importante missão as ser cumprida. Tudo corria bem ate os dois litros de vinho serem totalmente consumidos, deixando os algozes muquiranas em dois gambás de carteirinha chamando o Hugo de meu bem, foi um tapa para que estes candidatos a abobados do ano dormissem com direto a roncar e babar na maior cara de pau. O final desta incrível narrativa se deu com a chegada dos cozinheiros muito aborrecidos com a cena por eles deparados, nada de fogo aceso e pior a panela completamente destapada, transformando o prato principal numa meleca, e com uma crosta de gordura endurecida no topo do panelão. O jeito foi usar um martelo para desfazer aquela cagada dos nossos agora expurgados personagens expulsos do local a vassouradas com ameaças de serem linchados assim que o fogo fosse aceso novamente. O mocotó foi servido no horário previsto, com elogios e manifestações eufóricas destacando o maravilhoso tempero que deu um gosto fantástico à bela refeição. O sucesso foi tanto que os trapalhões estão sendo procurados para esclarecerem como e quando o fogo apagou, para que nada de errado nesta receita brilhante, destes verdadeiros mestre cucas de segunda mão.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

RETA FINAL!

Todo bom jogador tem como regra nunca mostrar suas cartas, e muito menos blefar sem estar seguro se esta estratégia vai funcionar, no caso do “GRÊMIO”, foi ladeira a baixo a tentativa de se manter intocável, ou melhor, inalcançável, como diria o filósofo Claudião o rei das declarações mais infundadas do nosso democrático vocabulário futebolés com direito a consulta no dicionário para tentar desvendar o que foi dito, tornando assim mais simples a compreensão das metáforas e aleatórias bobagens dos nossos futebóis da vida. A diferença do time gaúcho era confortável e serena, a ponto de transformar o momento dos sonhadores de plantão em um mar de rosas sem ressaca e repuxo, tornando um verdadeiro marasmo diário, sem medo de ser feliz, avistando o fim do túnel com boas possibilidades de conquista deste campeonato muito peculiar e nada original, tendo a cada rodada um fato novo. A derrota para o candidato a fazer parte da consagrada segunda divisão do nosso calendário futebolístico, foi um grito de alerta para torcedores menos atentos a esta possibilidade de perder o rumo e ficar denominado como cavalo paraguaio, que entrega os pontos na reta final, guardando o lugar mais alto do pódio para outro candidato menos votado. Perder em casa não estava nos planos da rapaziada, e ainda mais para um timinho que não almeja nada, a não ser fugir do rebaixamento, foi uma ducha fria no lombo dos ate então tranqüilos lideres da competição, sem ver ninguém na frente podendo inclusive abrir mão do espelhinho retrovisor, tamanha a distancia para o segundo colocado. Agora a vaca foi para o brejo e o esforço devera ser dobrado, alem de desatolar o bicho o tricolor da azenha terá que contar com a ajuda do seu maior inimigo, o nada confiável expresso colorado que parece meio fora de órbita e sem piloto no comando da nave vermelha e branca. Bastando aos diretores gremistas recorrerem ao treinador da seleção brasileira, pedindo o telefone do seu pai de santo.