sábado, 30 de agosto de 2008

ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE!

Foram vinte e cinco anos de um casamento feliz, recheado de muitas brigas e troca de sopapos com direito a reconciliações animais, puro sexo e sacanagens de todos os tipos, deixando qualquer anjo da guarda totalmente sem ação e vermelho de vergonha, mas a vida sempre tem uma surpresa na sua caminhada. Aquele casal que parecia inseparável depois de passar por todos os obstáculos de uma união estável, se isto é possível, se deparou com uma circunstancia inesperada e totalmente inaceitável, afinal no andar da carruagem tudo indicava que os dois mancebos viveriam juntos ate a morte, como se promete na hora do entrelace matrimonial, com direito a juras de amor eterno, ou ate uma pisada de bola de algum dos dois no decorrer do tempo em comum vivido. Quis o destino que a cagada fosse do homem da casa, cansado do marasmo do cotidiano, resolveu botar um pouco de sabor na vidinha acomodada que levava, e dar um pontapé na bunda da famosa rotina, tratou de arranjar uma filial, só para dar umas chineladas por fora regadas a muito trago e promessas de futuro compromisso conjugal, dependendo apenas da morte da atual companheira, para assim assumir definitivamente o relacionamento extraconjugal, mas o destino tratou de botar pimenta no vatapá amoroso do nosso ex-fiel marido e atual sacana de plantão, a amante em questão em uma noitada de amor e muito trago deixou rolar solto o sexo, sem se preocupar com camisinha ou qualquer outro tipo de prevenção, e o final desta sangrenta batalha culminou em uma gravidez indesejada e pior irresponsável, atitude de dois adultos convictos. A noticia entrou como uma bomba no lar ate este momento tranqüilo e sereno, navegando em águas nada turbulentas na maior maresia rumo ao enlace final. A patroa titular inovou no chilique, em alto e bom tom declarou para os vizinhos atentos a nova fofoca da rua, que estava muito feliz que seu ex-marido iria ser pai novamente, e que finalmente poderia assumir o seu relacionamento com o professor de capoeira dês dos tempos do segundo grau, e afirmando que é melhor ter um amante na mão do que um marido enrolado. Coisas da vida, afinal o velho dito popular afirma: “a fila anda”, e durma-se com um barulho destes!

Um comentário:

FÊNIX disse...

Acho que houve um empate técnico,pior quando a partida termina e tu pensa que deu empate e tu descobre anos depois que houve gol contra teu time e tu nem percebeu...Então preste bem atenção:Hoje faz 9 meses e 24 dias que o mundo se abriu e eu mergulhei num abismo que até hoje não parei de cair.
Aquela dormência que na hora tomou conta de todo meu corpo, hoje está localizada no peito e se transformou em dor.
Luto todos os dias, todos os minutos,... cada segundo vencido é uma vitória.
Baseada nos ditos populares em que o tempo é o melhor remédio, tenho travado diariamente a batalha de sobreviver.
Mas não é verdade, o tempo não me favoreceu em nada, muito pelo contrário, cada dia que passa , certas coisas que antes ficavam soltas vão achando o seu lugar , e ai começo a perceber o tamanho da ferida.
A Dor é imensa, somada a decepção mais uma boa dose de mágoa, resulta em lágrimas, muitas e muitas lágrimas...é o que faço de melhor neste momento.
Por mais que eu tente falar, jamais vou conseguir transcrever a dimensão da DOR.
Hoje achei por bem colocar no papel, pois chorar não está dando conta...
Quero me agarrar a alguma coisa que me ajude a subir a tona, mas não consigo.
Meu humor é inconstante, hora consigo sorrir, brincar, momentos depois estou profundamente triste, isso me aniquila ...
Não sei como vai ser o final disso tudo, espero que consiga ser forte e consiga virar este jogo antes que seja muito tarde...
E junto a isso tudo, tenho que conciliar os problemas de uma família inteira, pois sou o filtro de tudo, ninguém faz nada antes de me perguntar,...
TO CANSADA....

Me pego muitas vezes sem esperança, acreditando que cheguei ao fim, mas é ainda pior pois o fim está longe, e o sofrer continua...
Sempre fui uma pessoa positiva, decidida, e pensava que era até um pouco independente.
Que bobagem, eu mesmo não sabia que era tão vulnerável...Cadê minha força?
Como que consigo levar as dificuldades financeiras nas pontas dos dedos e não sei lidar com uma traição...Pensei que fosse muito mais razão do que coração...
Que maneira cruel de saber que estava enganada.
Mas em que momento será que me enganei? Quando entreguei a alguém meu coração sem nem desconfiar que ele seria meu Algoz?
Fazer planos para um futuro que pra mim estava tão próximo...nem sonhava que jamais chegaria...
Mas foi tudo tão de repente que me esqueci de pedir para ele me devolver o coração antes de partir...
E ele levou com ele, para fazer o trabalho completo
E as lágrimas que não param...
Hoje é um dia daqueles em que tenho que transformar a dor em lágrimas para colocar pra fora...
Quantos dias mais vão ser assim?

Graças ao Karaokê que comprei nas casas Bahia, to sobrevivendo mas os vizinhos não...