domingo, 5 de agosto de 2007

JAMAIS DESISTA!

Há coisas, na sua vida, que parecem nunca concretizar-se. Vitórias que parecem miragens, desaparecendo quando você já consegue quase tocá-las.Há dias, nos quais a vontade de desistir parece quase superar a vontade de continuar.Não importa o que aconteça, não desista. Jamais desista. Algumas pessoas perguntam se a vontade de continuar, mesmo sob tempestades, não seria apenas tolice.Depende. Enquanto você achar que as coisas darão certo, e enquanto você continuar desejando que elas funcionem, não desista. Jamais desista.Por outro lado, se você mudar de idéia, se achar que o caminho mais desejado e mais completo seja outro, então mude de direção, mude de sonho, mude de batalha, mas não desista. Jamais desista.Vou dar um exemplo:Em 1907, a grande aventura humana era conquistar os pontos da Terra que ainda não haviam sido alcançados. Entre estes pontos, estava o continente Antártico e, entre os comandantes que lideravam estas tentativas, estava Sir Ernest Shackleton, que queria ser o primeiro a chegar ao Pólo Sul.Shackleton jamais desistia.

Foi então que, depois anos de preparação, planejamento, negociações com patrocinadores e milhares de horas de trabalho, Shackleton avançava por entre as neves e o gelo polar com seus homens, para ser o primeiro a atingir o ponto mais ao sul do planeta Terra.Na Europa, todos aguardavam ansiosos, por seu sucesso.Eles navegaram milhares de quilômetros, enfrentaram alguns dos piores pontos de navegação da Terra e tinham tudo para a aventura dar certo. Shackleton já participara de expedições antes, e conhecia os limites humanos. Além disso, Shackleton jamais desistia.Foi então que, quando seu grupo de exploradores se aproximava do Pólo Sul, as reservas de alimentos minguaram. Seu grupo sentia fome e vários tripulantes começaram a ter cegueira da neve e queimaduras de frio. Caminhando quase três mil quilômetros sob tempestades de neve e enfrentando até 50 graus negativos, o comandante Shackleton tomou uma decisão corajosa, quando estava apenas a 150 quilômetros de distância do Pólo Sul. A decisão era ir para a Inglaterra.Muitos exploradores jamais tomariam esta decisão. Ele estava tão próximo que, certamente, teria sido o primeiro homem a atingir o Pólo Sul! Mas, com sua experiência, Shackleton sabia que não teriam como voltar, caso continuassem mais 150 quilômetros.Todos morreriam.E o que ele fez? Desistiu? Jamais. Shackleton jamais desistia. Ele simplesmente redirecionou seu grupo, mudando o objetivo da expedição e liderando todos em frente... para a Inglaterra. Shackleton jamais desistia. O objetivo é que tinha mudado. Agora, o que eles tinham que fazer era sobreviver.Ele apenas mudou de direção. Faça como Shackleton: jamais desista. Se você, como ele, concluir que deve redirecionar seu sonho, apenas avance para outra direção. Mas avance. Shackleton jamais desistiu. Ele apenas mudou de alvo.Talvez seja o seu caso. Talvez, não. Ainda assim, não desista. Jamais desista. Porque, como dizia Norman Vincent Peale, “Sempre é cedo demais para desistir”.Não desista. Jamais desista.


Aldo Novak

Um comentário:

FÊNIX disse...

Lendo este Texto me lembrei que a mais ou menos uns 3 anos atrás, uma amiga tinha um trabalho para apresentar na FAPA e pelo MSN ela pediu que eu fizesse uma crônica ou narrativa que tivesse:Local, data, Alegria, tristeza, raiva e a volta por cima.
Era um domingo por volta das 18:00hs, eu estava inspirada e quando foi 19:30hs entreguei o seguinte Texto:

A BELA E A FERA

Este fato aconteceu com minha melhor amiga Izabel, foi no final dos anos 70, na cidade de Porto Alegre. Foi realmente uma situação inesquecível.
Acho que isto aconteceu, para as pessoas conhecerem seus reais valores, mas sinceramente, acho que poderia ser mais simples, mas como o destino tem pernas próprias, deixamos ele mostrar o caminho.
Bem, como todos nós sabemos, os meses que antecedem um casamento, são momentos de muita expectativa, nervosismo e muita felicidade, tanto para os noivos como para os familiares. Não foi diferente para Izabel e Carlos. Era um corre, corre, geral.
Izabel trabalhava em uma multinacional como consultora de diretoria, e Carlos era alto funcionário de uma concessionária. A lua de mel seria presente dos colegas de Izabel, passagens e estadia em Fortaleza. Os colegas de Carlos se comprometeram em dar uma boa quantia para eles aproveitarem a Lua de Mel. Tudo estava correndo bem, até que 23 dias antes do casamento, quando Izabel vinha da última prova do seu vestido de noiva, que diga de passagem era lindíssimo, acabou sofrendo um acidente de carro, ficando hospitalizada, com três costelas quebradas e o rosto totalmente deformado. Foi ai que tudo começou.
Nos primeiros dias, Carlos e os familiares, ficaram desnorteados, pois a beleza de Izabel era elogiada por todos e de repente ela estava totalmente desfigurada.
Primeiro passo foi cancelar o casamento e depois encarar a situação. Nos primeiros dias Carlos visitava Izabel todos os dias, depois de 3 em 3 dias, até que passou a visitá-la uma vez cada dez dias. Izabel, que estava internada para tentar refazer seu rosto, através de cirurgia plástica, estava lúcida e percebendo o desinteresse de Carlos.
Era uma mistura de dor, decepção, tristeza e baixa da auto-estima, que chegou a dificultar sua recuperação.
O tempo foi passando ela saiu do hospital, com o rosto apenas cicatrizado, nem de longe lembrava aquela moça linda e feliz. Ela precisava fazer uma plástica fora do Brasil os médicos já haviam contatado Dr. Bruno Ferraz em New York, era só ter o dinheiro e embarcar, pois os exames já haviam sido enviados para lá. Mas Izabel, não tinha ânimo nem o dinheiro para a viagem, pois estava muito machucada física e emocionalmente.
Mas a vida foi passando e Carlos simplesmente não aparecia mais. Izabel sofria com a rejeição.
Um dia os amigos vendo a tristeza de Izabel, convidaram ela para um baile onde a banda de um deles ia se apresentar. Depois de muito insistir ela concordou em ir prestigiar.
Foi o pior dia de sua vida, nem no dia do acidente ela se sentiu tão mal, pois naquele dia ela tinha certeza do amor de Carlos, amor este que ela viu cair por terra, pois ela encontrou Carlos no baile com uma outra moça, estavam totalmente apaixonados, passaram o baile aos beijos e abraços que nem perceberam a presença de Izabel, que saiu de lá tomada por ódio, decepção, sei lá que nome dar para aquele sentimento que não cabia dentro do peito e doía mais que as cicatrizes do acidente. E ao olhar o seu rosto refletido no espelho, percebeu o motivo de tudo aquilo que estava acontecendo.
Jurou para si diante daquela imagem retorcida, que ele provaria do próprio remédio.
No outro dia, levantou cedo como sempre fazia, chegou na empresa reuniu os amigos e falou:
- sei que vocês iriam me presentear com uma viagem de lua de mel, tudo em nome da minha felicidade, pois minha felicidade agora é recuperar minha auto-estima fazendo a cirurgia plástica que poderá ser o recomeço de uma nova vida. Conto com vocês.
Dentro de 15 dias, Izabel estava embarcando realmente para uma nova vida, mas ela ainda não sabia disso. Despachou as malas e sentou-se na poltrona 45C,de repente alguém entra no avião e algo faz Izabel olhar, e lá vem aquele homem moreno com lindos olhos azuis, pede licença e senta na poltrona ao seu lado. Logo veio puxando conversa, sempre muito simpático e ignorando totalmente as cicatrizes de Izabel. Ela sempre tentando esconder o rosto, mas era impossível não ficar encantada com tanta gentileza e simpatia. No meio da viajem, já se notava o envolvimento dos dois, mas a prioridade de Izabel era a cirurgia, mas não parava de pensar naquele homem maravilhoso que esqueceu de dizer seu nome. Desembarcaram em New York e acabaram se perdendo no meio da multidão, Izabel se dirigiu ao hospital levando na mala uma foto do seu rosto para orientar o cirurgião.
Sabia que teria que procurar pelo Dr. Bruno Ferraz achou estranho viajar para fora do Brasil e acabar sendo operada por um médico brasileiro. Mas fez tudo como foi pedido, fez a baixa, e esperou a visita do seu médico, que aconteceu no outro dia pela manhã.
O Dr. Bruno entrou na porta com aquele sorriso largo e a simpatia que já era bem familiar de Izabel, pois ele era o seu companheiro de viagem, que fez ela passar as melhores horas da sua vida. Izabel quase morreu do coração quando o viu, e ele não escondeu a alegria de vê-la. Disse que a procurou por horas no aeroporto e achava que não mais a veria.
Algo parecia estar conspirando para que o destino fizesse o seu trabalho.
A cirurgia foi um sucesso, Izabel voltou linda e casada com aquele que a amou pelo que realmente ela era, e não pelo que aparentava.
No Brasil os parentes e amigos de Izabel aguardavam a chegada dela e de seu marido Bruno Ferraz, com alegria e novidades, pois Carlos havia se casado também, só que continuava saindo com outras mulheres fazendo da vida dele e de sua esposa uma grande decepção.
Como diria minha mãe, tem males que vem para o bem, e malas que vão pra Belém, neste caso, a cidade foi New York.

Com este Texto, ela encerrou o semestre, e cobriu as notas que estavam faltando...